Biografia de Floriano Peixoto

Floriano Peixoto, militar e político brasileiro nascido em Ipioca (Alagoas) em 1839 e falecido em Barra Mansa (Rio de Janeiro) em 1895, ocupou a Presidência da República entre 1891 e 1894

Primeiros anos de Floriano Peixoto

Filho de um pequeno agricultor, Floriano Vieira Peixoto viveu em Alagoas até os 16 anos. Ele se mudou para o Rio de Janeiro logo em seguida. Sua educação foi o tio José Vieira Peixoto, que, em 1857, o encorajou a ingressar no exército. Três anos depois, já era membro da escola militar. Participou proeminentemente na Guerra do Paraguai e em 1874 alcançou o posto de coronel.

Carreira militar e política

Após a guerra, Peixoto retornou ao Rio, concluiu seu curso de engenharia e realizou uma série de pequenas comissões. Em 1883, ele subiu ao posto de general de brigada e no ano seguinte tornou-se presidente e comandante militar da província de Mato Grosso.
Entre 1884 e 1885 assumiu o cargo de Comandante de Armas e Presidente da Província de Mato Grosso, em 1888 tornou-se Marechal de Campo e, um ano depois, em Assistente Geral. Sua atitude em relação ao golpe de novembro de 1889 contra a monarquia acabou favorecendo a vitória dos rebeldes comandados por Deodoro da Fonseca, e durante o governo provisório, ele foi nomeado Ministro da Guerra.

Eleição e Sucessão como Presidente

Eleito senador pelo seu estado natal de Alagoas em 1890, participou da elaboração da primeira Constituição da República brasileira e, um ano depois, tornou-se vice-presidente do governo da Da Fonseca. Peixoto logo se alinhou com o Congresso, com quem Deodoro lutava constantemente, e sua casa se tornou um ponto de encontro dos inimigos do presidente. A capacidade política limitada de Deodoro e as contínuas altercações com o Congresso levaram à sua renúncia em 24 de novembro de 1891. No dia seguinte, Peixoto tornou-se o segundo presidente do Brasil.

Mais tarde, em novembro de 1891, ele assumiu a presidência após a renúncia do marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente do Brasil. Floriano Peixoto chegou à presidência em um período difícil da nova República brasileira, que estava em meio a uma crise política e econômica geral agravada pelos efeitos do estouro da bolha econômica Encilhamento.

O governo de Peixoto

Seu governo foi marcado por várias revoluções. De forma autoritária, Floriano Peixoto derrotou a rebelião de oficiais da marinha contra ele em 1893-1894 e um movimento militar sedicioso nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina durante os mesmos anos. Ele reprimiu duramente a revolta da Marinha e a insurreição federalista que começou no Rio Grande do Soul, performances que ganharam o apelido de “marechal de ferro”.
Seu governo foi marcado pelo aumento da centralização do poder e do nacionalismo, sendo o culto florianista da personalidade o primeiro fenômeno de expressão política favorável a um político republicano no Brasil.

A morte de Peixoto

Morreu no Rio de Janeiro em 1895, poucos meses depois de o presidente do Senado, Prudente de Morais, ter sido escolhido como seu sucessor à frente da República.

O Legado de Peixoto

Ele é muitas vezes referido como “o consolidador da República” ou “O Marechal de Ferro”. Ele deixou a presidência em 15 de novembro de 1894. Apesar de sua impopularidade, ele foi responsável pela consolidação do novo governo republicano.
Desterro, a capital do estado de Santa Catarina, foi renomeada para Florianópolis após sua derrota por tropas legalistas, no final da Revolução Riograndense Federalista.